Analisar a educação em sua formação histórica nos remete a várias reflexões, desde sua formação inicial, como forma elaborada de socialização do conhecimento em seus vários matizes, até os processos atuais que na historia da educação se caracterizaram como formas de dominação de técnicas para o aprendizado, que dividiam a humanidade entre os que pensavam e os que faziam, demonstrando o interesse que submetia um bem comum a humanidade, para se tornar um privilégio de poucos agraciados com uma orientação educacional de qualidade.
Começamos com a perspicácia das organizações tribais, que levam em consideração a vontade dos indivíduos em buscarem o conhecimento, pois na filosofia educacional deles, você aprende sempre com a vida, pois é parte do processo de desenvolvimento das pessoas a busca do saber e suas mais variadas formas, como pescar, nadar, plantar, colher. São coisas que você só poderá apreender se tiver disposto a se permitir saber, numa construção permanente que parte do educando.
Porém, como somos seres que vivemos no Ocidente, adotamos outras perspectivas, acreditando que o conhecimento é tido de forma sistematizada, organizada a partir das necessidades que a humanidade desenvolveu em sua historia, com suas experiências e formas de desenvolver e socializar os conhecimentos.
Na nossa formação Ocidental, a primeira experiência de educação sistematizada partiu da Grécia antiga, com os filósofos clássicos, que sistematizaram o conhecimento e criaram o que ficou conhecido como Paidéia, que daria o nome a filosofia da educação, a Pedagogia. Porém, é bom lembrar que essa educação era socializada apenas para os cidadãos gregos, o que se faz lembrar que a cidadania era só atribuída para os homens livres, que viviam na Polis, as mulheres, os escravos e camponeses eram considerados seres inferiores que eram destinados só a trabalhar, pois os gregos da aristocracia desfrutavam do seu ócio produtivo.
Com o advento do domínio cristão e a conjugação de força com a Igreja católica, a educação passava a ser monopolizada pela Igreja em seu dogma de fé, remetendo a seus critérios a socialização do conhecimento, que resultou em um período na idade Média, onde a ciência e as várias formas de conhecimento eram desconsideradas em nome da fé, o que foi batizado como o período de obscurantismo da idade Média.
Depois de superarmos esse processo com o movimento intelectual da Idade Média chamado de Iluminismo, onde despontaram grandes intelectuais e filósofos como Kant, Descartes, Hobbes e etc. Tivemos um desenvolvimento de várias áreas do conhecimento. O que proporcionou um momento de liberdade critica do pensamento, porém, ainda restrito a pequenas ilhas privilegiadas do saber, o que mantinha o conhecimento sistematizado como um privilégio.
No processo histórico de desenvolvimento das práticas educativas, o sociólogo Emile Durkheim entendia a sociedade como um organismo social, e por isso mesmo, a educação tinha um papel fundamental na manutenção e conformação da ordem estabelecida, formando cidadãos que contribuíssem para a harmonia social, sendo um dos fatores preponderantes para o que chamamos de divisão social do trabalho, atendendo a interesses de classes, numa divisão fundamentada entre o desenvolvimento intelectual e o aprendizado de técnicas para o trabalho (Uns seriam educados para serem dirigentes e outros para serem os empregados).
A educação como instrumento de transformação
Começamos com a perspicácia das organizações tribais, que levam em consideração a vontade dos indivíduos em buscarem o conhecimento, pois na filosofia educacional deles, você aprende sempre com a vida, pois é parte do processo de desenvolvimento das pessoas a busca do saber e suas mais variadas formas, como pescar, nadar, plantar, colher. São coisas que você só poderá apreender se tiver disposto a se permitir saber, numa construção permanente que parte do educando.
Porém, como somos seres que vivemos no Ocidente, adotamos outras perspectivas, acreditando que o conhecimento é tido de forma sistematizada, organizada a partir das necessidades que a humanidade desenvolveu em sua historia, com suas experiências e formas de desenvolver e socializar os conhecimentos.
Na nossa formação Ocidental, a primeira experiência de educação sistematizada partiu da Grécia antiga, com os filósofos clássicos, que sistematizaram o conhecimento e criaram o que ficou conhecido como Paidéia, que daria o nome a filosofia da educação, a Pedagogia. Porém, é bom lembrar que essa educação era socializada apenas para os cidadãos gregos, o que se faz lembrar que a cidadania era só atribuída para os homens livres, que viviam na Polis, as mulheres, os escravos e camponeses eram considerados seres inferiores que eram destinados só a trabalhar, pois os gregos da aristocracia desfrutavam do seu ócio produtivo.
Com o advento do domínio cristão e a conjugação de força com a Igreja católica, a educação passava a ser monopolizada pela Igreja em seu dogma de fé, remetendo a seus critérios a socialização do conhecimento, que resultou em um período na idade Média, onde a ciência e as várias formas de conhecimento eram desconsideradas em nome da fé, o que foi batizado como o período de obscurantismo da idade Média.
Depois de superarmos esse processo com o movimento intelectual da Idade Média chamado de Iluminismo, onde despontaram grandes intelectuais e filósofos como Kant, Descartes, Hobbes e etc. Tivemos um desenvolvimento de várias áreas do conhecimento. O que proporcionou um momento de liberdade critica do pensamento, porém, ainda restrito a pequenas ilhas privilegiadas do saber, o que mantinha o conhecimento sistematizado como um privilégio.
No processo histórico de desenvolvimento das práticas educativas, o sociólogo Emile Durkheim entendia a sociedade como um organismo social, e por isso mesmo, a educação tinha um papel fundamental na manutenção e conformação da ordem estabelecida, formando cidadãos que contribuíssem para a harmonia social, sendo um dos fatores preponderantes para o que chamamos de divisão social do trabalho, atendendo a interesses de classes, numa divisão fundamentada entre o desenvolvimento intelectual e o aprendizado de técnicas para o trabalho (Uns seriam educados para serem dirigentes e outros para serem os empregados).
A educação como instrumento de transformação
Uma das criticas mais contumazes sobre as teorias da educação é o papel de conformidade e divisibilidade do ensino, pois como na teoria de Durkheim, o saber deveria ser dividido entre a educação para os que pensam, e outra para os que fazem. O italiano Gramsci discordava dessa analise, e colocava em sua critica que a educação tem que ser integral para o desenvolvimento da humanidade, superando essa tal divisão que se percebia entre as formas que eram utilizadas para os educandos.
Por meio de vários pedagogos comprometidos com o processo formativo critico, várias teorias e ações foram desenvolvidas para superar o paradigma de uma educação voltada para essa divisão e hierarquia do conhecimento, estabelecendo uma nova forma de avaliar e combinar experiências novas e antigas, que fundamentassem o crescimento humano em sua plenitude.
Vários fundamentos e movimentos foram se expressando nesse processo, como o Socio-construtivismo, a Escola-nova, além do apoio que outras disciplinas trouxeram para o desenvolvimento de novos métodos pedagógicos, como a Gestalt e Behaviorismo.
Hoje, a estrutura educacional ainda mantém esse paradigma tradicionalista, que acredita que o ato de educar é preenche um recipiente vazio, realizando só uma transferência direta de conhecimento, ignorando o saber natural do educando e esquecendo-se de observá-lo como ser integral.
Superar a lógica do Capital é necessário para garantirmos uma educação de qualidade para todas as pessoas, tendo como meta a educação integral do ser humano. Pois o desrespeito ao saber do educando, a sua visão de mundo e forma de entender a vida, além de uma postura que fortalece ainda mais a divisão de classe, só pode ser prejudicial para a formação das pessoas como portadora de direitos, que como sabemos, são negados para garantir alguns interesses que não são o do povo
Antonio Alves
Educador Social e Estudante de Jornalismo.
Por meio de vários pedagogos comprometidos com o processo formativo critico, várias teorias e ações foram desenvolvidas para superar o paradigma de uma educação voltada para essa divisão e hierarquia do conhecimento, estabelecendo uma nova forma de avaliar e combinar experiências novas e antigas, que fundamentassem o crescimento humano em sua plenitude.
Vários fundamentos e movimentos foram se expressando nesse processo, como o Socio-construtivismo, a Escola-nova, além do apoio que outras disciplinas trouxeram para o desenvolvimento de novos métodos pedagógicos, como a Gestalt e Behaviorismo.
Hoje, a estrutura educacional ainda mantém esse paradigma tradicionalista, que acredita que o ato de educar é preenche um recipiente vazio, realizando só uma transferência direta de conhecimento, ignorando o saber natural do educando e esquecendo-se de observá-lo como ser integral.
Superar a lógica do Capital é necessário para garantirmos uma educação de qualidade para todas as pessoas, tendo como meta a educação integral do ser humano. Pois o desrespeito ao saber do educando, a sua visão de mundo e forma de entender a vida, além de uma postura que fortalece ainda mais a divisão de classe, só pode ser prejudicial para a formação das pessoas como portadora de direitos, que como sabemos, são negados para garantir alguns interesses que não são o do povo
Antonio Alves
Educador Social e Estudante de Jornalismo.
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