segunda-feira, 28 de novembro de 2011

A Comuna de Paris, a Revolução Russa e a indignação



Por Mauro Iasi.
isso de querer
ser exatamente aquilo
que a gente é
ainda vai
nos levar além
Paulo Leminsky
Outubro veio e passou nos deixando em novembro de mais um ano no sistema capitalista. Neste ano lembramos os 140 anos da Comuna de Paris e muitas atividades pipocaram por todo o Brasil e pelo mundo saudando a ousadia operária que assaltou os céus em 1871. Recentemente, em 2007, comemoramos os 90 anos da revolução russa. Enquanto isso, jovens e trabalhadores tomam as ruas em várias partes do mundo e se declaram indignados.

Brasil: Nem julgamento nem castigo


Atilio Boron

24/11/2011
Há poucas semanas a imprensa internacional informou que a presidenta Dilma Rousseff havia finalmente dado carta branca à criação de uma Comissão da Verdade para investigar as violações dos direitos humanos cometidas durante a ditadura na que, como se recordam, ela mesma foi capturada como guerrilheira, detida e torturada. Para surpresa de muitos a Comissão investigará as violações dos Direitos Humanos ocorridas no período compreendido entre 1946-1985 em lugar de concentrar-se nos anos 1964-1979, que foram aqueles nos quais se perpetraram os crimes mais aberrantes. Além disso, a Comissão - e isto é o decisivo - nasceu privada da faculdade para jugar e castigar os responsáveis dos crimes.

Porque os políticos não peitam o PIG



Por Antônio Mello, em seu blog:

A Comissão de Ciência, Tecnologia, Informática e Comunicação da Câmara dos Deputados convidou o professor Fabio Konder Comparato para participar de uma audiência pública sobre as concessões de rádio e TV no Brasil. Em cima da hora, cancelaram. 

domingo, 27 de novembro de 2011

Um mês de OcupaRio

Hoje, trinta dias depois, sabemos pedir menos do que a acampada pode dar: uma tentativa franca de reinvenção, um trabalho de formiguinha.



Por Bruno Cava, Quadrado dos Loucos | Foto: Rodrigo Torres

    No começo, tudo era festa. E pediam à acampada mais do que ela poderia dar: uma emoção contínua, um encantamento permanente. Generosidade transbordante, sorrisos por todo lado, grupos de amigos resolvem ir juntos à praça. Contagiado pelos afetos proliferados pelo mundo, mesmo o mais calejado ativista apaixonou-se. E com razão. No grande amor da política, vivenciou uma experiência do comum, ao mesmo tempo militante, ética e estética. Mundivivência de novos tempos. Esses que temos fome de viver, mas deixamos para depois por receio ou preguiça. O avião vai embora e ficamos na plataforma, esperando. Isso mudou. Milhares atravessaram a praça, debateram, consentiram e dissentiram, ordenaram e desordenaram. Dançaram como piões frenéticos e se consumiram num brilho azul e intenso, como diria Kerouac.

Mariátegui e o jornalismo contra-hegenônico




Por Cristian Góes
 

Em razão do tipo violento de invasão cultural norte-americana e europeia, especialmente com mais força no século XX, este país acabou, literalmente, dando as costas para a América Latina, suas culturas e povos. Um dos resultados mais trágicos dessa ação deliberada de exclusão é o desconhecimento e, consequentemente, desvalorização da intensa e rica produção intelectual de nossos hermanos. São inúmeros pensadores, escritores, intelectuais, lutadores do povo que entraram para nós na categoria de invisíveis. Mariátegui é uma dessas personagens que precisa ser alumbrado.

Se os povos da Europa não se levantarem, os bancos trarão o fascismo de volta




No momento em que a Grécia é colocada sob a tutela da Troika, que o Estado reprime as manifestações para tranquilizar os mercados e que a Europa prossegue nos salvamentos financeiros, o compositor Mikis Theodorakis apela aos gregos a combater e alerta os povos da Europa para que, ao ritmo a que as coisas vão, os bancos voltarão a implantar o fascismo no continente.

Mais de 3 mil estudantes ocupam a Avenida Paulista

Manifestantes reivindicaram a Polícia Militar fora da Universidade e a anulação de processos administrativos e criminais, em um ato que reuniu mais de 3 mil estudantes. Depois participaram de aula de democracia no vão do Masp, com a presença de intelecutais e movimentos sociais e sindicais.

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Wikipedia, jornalismo e o neojornalismo




    Em vez de gerir grandes pólos de produção de conteúdo, as empresas de informação precisam desenvolver novas maneiras de fazer curadoria e gestão de conteúdo produzido por centenas e milhares de provedores

Quilombolas promovem marcha em Brasília na luta por direitos





    A Marcha Nacional da Campanha em Defesa dos Direitos do Povo Quilombola levou hoje (7) a Brasília cerca de 2 mil quilombolas. A atividade reivindica terra, acesso às politicas públicas, respeito à cultura e à religiosidade.

Franklin Martins: Constituição está do lado de quem quer democratizar a comunicação

Por Felipe Prestes

    Cumprir uma série de aspectos previstos pela Constituição de 1988, até hoje negligenciados, seria um enorme passo rumo à democratização dos meios de comunicação. Este foi o entendimento unânime entre os seis palestrantes do painel “Regulação e Liberdade de Expressão”, realizado na tarde desta quinta-feira (3), na Escola Superior da Magistratura (ESM), parte da programação do seminário Democratização da Mídia. Entendimento resumido no gesto do ex-ministro da Secretaria de Comunicação Social Franklin Martins, que brandiu a Constituição ao final de sua fala, ressaltando que para democratizar a comunicação não é preciso defender nada que não esteja previsto pela Carta Magna. 

Um Nobel de Economia explica Occupy Wall Street

    Para Joseph Stiglitz, movimento quer pouco, em termos econômicos. Mas reivindica democracia não-controlada pelo dinheiro – por isso é revolucionário
Por Joseph Stiglitz | Tradução: Antonio Martins

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Código Florestal: nova chance contra o retrocesso

    Às vésperas do debate decisivo no Senado, estudioso de agricultura e ambiente debate caminhos para enfrentar agronegócio e salvar natureza

Por Marília Arantes

A corrupção como sistema

Por Muniz Sodré
 
    Uma pequena história real e exemplar: o personagem é um antigo militante político, intelectual de peso, grande conhecedor da política e da economia nacionais, que sempre se recusou a pedir bolsa-ditadura sob a digna justificativa de que o povo não deveria pagar pelas opções ideológicas que o levaram à clandestinidade no passado. Dois terços de seus magros rendimentos mensais vão para um plano de saúde. Esta semana, internado de urgência num hospital paulista, acompanhou do leito as chicanas dos administradores do plano para não pagar despesas médicas. Apelou para um dos atuais próceres da República, ex-companheiro de militância, que resolveu o problema com um telefonema para os chicanistas.

Notícias Hélio Bicudo: "Luta contra tortura prossegue na OEA"

Texto e entrevista de Ana Tavares.

    Mais do que um dos maiores juristas do Brasil, Hélio Pereira Bicudo é uma lenda viva na luta pelos direitos humanos. Nos anos 1970, auge da repressão política, ele denunciou, como procurador de Justiça, o "Esquadrão da Morte" – enfrentando, entre outros, o temido delegado Sérgio Paranhos Fleury. Aos 87 anos, ele publica com frequência, em seu blog, breves ensaios em que aborda não apenas liberdades civis, mas temas como o direito à água, os aspectos jurídicos relacionados ao tráfico de órgãos e a luta contra a desumanidade nas prisões brasileiras. Também enriquece o twitter.

Belo Monte: governo falta à audiência na Corte Interamericana de Direitos Humanos

    Liderança indígena apresentou provas de ausência de consulta às comunidades, novas ameaças, aumento exponencial de violência e doenças

Fidel condena decisão dos EUA de cortar verba da Unesco

    O líder da revolução cubana, Fidel Castro, criticou, nesta quarta (2), a decisão dos Estados Unidos de suspender a emissão de recursos para a Unesco, após o organismo das Nações Unidas ter aprovado a admissão da Palestina como Estado-membro pleno. Fidel classificou a postura de Washington como "cínica" e disse que se tratava de uma "total falta de ética".

A cortina de fumaça da segurança na USP

    A atuação da polícia no campus da USP não é um problema sobre como adequadamente combater crimes comuns – é um problema sobre liberdades individuais e sobre a organização política da instituição.

 Por Pablo Ortellado

Mídia financeira



    Grupos de mídia corporativos são ligados às frações dominantes mais reacionárias. Iniciativas contra-hegemônicas não podem se afastar das lutas reais. 
   
Pedro Carrano
de Foz do Iguaçu (PR)