Temos um novo ator no cenário político nacional que atende pelo nome de Partido Social Democrata (PSD). Sob o comando do prefeito paulistano, Gilberto Kassab, e para escapar da legislação eleitoral que pune com a perda de mandato aquele que trocar de partido, surge mais uma legenda.
Como que querendo desde já criar uma tradição, uma história inexistente, a sigla do novo partido se remete àquele que se opunha à UDN, de orientação bastante conservadora e que acabou por fornecer as bases da Arena, o partido político do golpe militar de 1964. Mas a criação e a referência são falsas, e apontam no sentido contrário, para aquilo que querem esconder: o novo PSD é um dos partidos conservadores e está muito mais perto do que foi a UDN do que querem deixar transparecer.
Além de reivindicar uma tradição mentirosa, o novo PSD faz propaganda enganosa: ser social-democrata. Parece que hoje esta é a palavra de ordem no Brasil, todos são de alguma forma social-democrata, todos se preocupam com uma capitalismo mais humano e mais social, que proteja o mais fraco, que de alguma forma compense as mazelas e a inequívoca (má) distribuição de recursos. Todos, inclusive aqueles que por uma vergonha atrasada em 20 anos, resolveram mudar o nome de PFL, uma costela extirpada do PDS, para Democratas.
O fato é que o PSD nasce com cerca de 40 deputados, e conta com figuras como ex-deputado federal Índio da Costa, ex-candidato à vice-presidente na chapa do PSDB com o ex-governador José Serra, e a deputada ruralista Kátia Abreu, que também havia sido cotada para a vaga de vice na mesma chapa. Não precisa ser geneticista pra saber quem foi o verdadeiro pai.
Mas eu estou procurando política onde não há. Afinal foi o próprio Kassab que disse que “não existe mais no mundo partido de direita ou esquerda”. Quer ele vender a idéia do fim da política em nome de uma “administração”. Para o prefeito, política é administrar, tal qual um síndico de um condomínio. Isso vindo de um administrador que tem 43% de rejeição. A verdade é que Kassab, e seus amigos, ou traidores do “ilibado” DEM estão jogando, e pesado, para ser um novo PMDB, aliado de tudo e de todos. Querem ser alckmistas em São Paulo, serristas detro do PSDB, e dilmistas nacionalmente.
Como noivinha pura e casta, traída ainda na lua-de-mel, os democratas acusaram o golpe e dissolveram o escritório regional de São Paulo e do Tocantins. E agora é o PPS, do deputado Roberto Freire, que tenta judicialmente impedir a sangria .
Em suma, o novo PDS… ops, PSD está fazendo uma bagunça enorme na direita, fragmentando-a ainda mais e provocando uma briga judicial intestina, entre irmãos. A história acontece como tragédia, e repete-se como farsa. É o novo PSD. Mas bem que poderiam chamá-lo de PDS… ou PMDB.
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