quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Fidel condena decisão dos EUA de cortar verba da Unesco

    O líder da revolução cubana, Fidel Castro, criticou, nesta quarta (2), a decisão dos Estados Unidos de suspender a emissão de recursos para a Unesco, após o organismo das Nações Unidas ter aprovado a admissão da Palestina como Estado-membro pleno. Fidel classificou a postura de Washington como "cínica" e disse que se tratava de uma "total falta de ética".    Em novo artigo publicado na imprensa cubana, o ex-presidente da ilha descreveu como "valente" a decisão da agência de admitir a Palestina como membro ativo da organização. E condenou os Estados Unidos e o presidente Barack Obama - ao que se refere como "o prêmio Nobel da Paz" - por suspender sua contribuição econômica à Unesco.

     Os Estados Unidos anunciaram na segunda-feira a suspensão dos recursos que concedia à Unesco depois que a agência aceitou a Palestina como membro de pleno direito. A suspensão é de efeito imediato e isso significa que os EUA deixarão de entregar à organização com sede em Paris US$ 60 milhões que deveria ter desembolsado em novembro, parte do total de US$ 80 milhões destinados anualmente à Unesco.

     "O tom dramático com que a dama [representante norte-americana na Unesco] anunciou a decisão era totalmente desnecessário. Ninguém se surpreendeu com a esperada e cínica decisão", defendeu Fidel.

     Na nova reflexão, intitulada "O papel genocida da Otan (quinta parte)", o ex-presidente reproduz trechos de um outro artigo, de 9 de março, sobre o papel da Organização do Tratado do Atlântico Norte. E reitera suas denúncias contra o órgão e os Estados Unidos, pela guerra que encerrou o governo de Muamar Kadafi na Líbia.

     "O que desejo enfatizar é que aos Estados Unidos e a seus aliados da Otan nunca interessaram os direitos humanos", declarou Fidel naquela época - uma afirmação que parece mais verdadeira a cada dia que passa.

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