Reproduziremos aqui artigo da jornalista e coordenadora do NPC, Claudia Santiago, publicado originalmente na página Porto Gente, em 25.02.11.
Ainda faltam 15 dias para o Dia Internacional da Mulher, 8 de março. Mas quero falar sobre isso já. Escrevo embalada pela alegria de ter descoberto recentemente que esta coluna é reproduzida por alguns sindicatos. Então, antecipo-me para que ela sirva de inspiração para a Imprensa Sindical.
Feitos os prolegômenos, é preciso que se diga que o 8 de Março, comemorado internacionalmente pela primeira vez há cem anos, é dia de luta pela igualdade entre os sexos. Assim o compreendem os sindicatos que neste momento fazem reuniões para dar o toque final nas alas de mulheres que desfilarão em vários blocos nesta terça-feira de carnaval. É dia de reafirmar a necessidade de políticas públicas, como a construção de creches, sem as quais a vida da mulher se torna tremendamente complicada. Reafirmar que funções iguais exigem salários iguais. Reafirmar a inteligência da mulher e que não somos objetos de cama e mesa, como nos ensinou a feminista cearense, Heloneida Studart. Reafirmar que os homens podem se tornar mais felizes se dedicarem mais tempos aos filhos e que esta não é função exclusiva da mulher.
Mas, em 8 de março de 2011, diante do aumento dos casos de violência doméstica contra a mulher no Brasil, é preciso que nos levantemos e protestemos contra o espancamento e assassinato de mulheres por seus companheiros. Corpo de mulher não foi feito para ser esquartejado e dado aos cães. Por mais que nos causem ânsias essas lembranças, elas não podem ser esquecidas. Duas pesquisas divulgadas recentemente nos fazem pensar assim.
Mas, em 8 de março de 2011, diante do aumento dos casos de violência doméstica contra a mulher no Brasil, é preciso que nos levantemos e protestemos contra o espancamento e assassinato de mulheres por seus companheiros. Corpo de mulher não foi feito para ser esquartejado e dado aos cães. Por mais que nos causem ânsias essas lembranças, elas não podem ser esquecidas. Duas pesquisas divulgadas recentemente nos fazem pensar assim.
Uma, realizada pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) revela que o número de homicídios de mulheres dentro de casa aumentou. O percentual, nos últimos dez anos, cresceu – de 7% a 16%. Outra, feita pela Fundação Perseu Abramo em parceria com o Sesc traz um resultado terrível: a cada dois minutos, cinco mulheres são agredidas violentamente no Brasil.
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