terça-feira, 26 de julho de 2011

Desmascarando os ataques à esquerda latino-americana

 


    No Equador, o presidente Rafael Correa ganha processo contra um jornalista por calúnia, e no Brasil o jornal O Globo diz que o jornalista foi condenado por “criticar presidente”. Aconteceu nesta quinta-feira e é uma das muitas pequenas mentiras pregadas pela velha mídia brasileira contra os governos de esquerda e centro-esquerda que se multiplicam pela América Latina.

     O empoderamento popular e o combate às diversas formas de opressão, dentre as quais a opressão dos monopólios de mídia sobre a liberdade de expressão, são realidades processuais pelo continente. E, obviamente, não agradam aos poderosos daqui nem dos nossos vizinhos. É por isso que diariamente a mídia das elites brasileiras ataca frontalmente governos como o de Correa no Equador, o de Evo Morales na Bolívia, Cristina Kirchner na Argentina, e, especialmente, o governo encabeçado pelo presidente venezuelano Hugo Chávez, líder maior desse processo e primeiro desses todos a chegar à presidência.
 
    É para conhecer o importante processo bolivariano em andamento na Venezuela que o Jornalismo B irá parar na próxima sexta-feira para voltar a ter postagens diárias a partir do dia 9 de agosto. Serão duas semanas que passarei conhecendo as iniciativas de mídia e de organizações populares da Venezuela, com o foco claro de trazer ao Brasil e às publicações da esquerda brasileira um relato pessoal sobre o que está acontecendo logo ali. Não um relato como o da velha mídia, impregnado dos interesses mais sujos. Um relato honesto, crítico, sob uma ótima verdadeiramente democrática, popular, que parta de preocupações com tudo o que é defendido diariamente neste espaço e quinzenalmente no Jornalismo B Impresso.

    Trazer ao Brasil a contra-informação, desmascarar presencialmente, fisicamente os ataques da mídia dominante brasileira contra o processo bolivariano, compreender um pouco mais as motivações desses ataques, os avanços e retrocessos desse processo, as potencialidades e limitações, e compartilhar essas informações com a sociedade brasileira são as forças que movem essa pequena viagem.

    É impossível pensar a comunicação brasileira isolada do restante do planeta, especialmente do restante da América Latina. E é impossível pensar a política latino-americana dos anos 2000 sem a liderança da experiência venezuelana. O próximo post do Jornalismo B será o editorial da 24ª edição do Jornalismo B Impresso, e a partir daí paramos por 15 dias, para voltarmos ainda mais conscientes do nosso papel nessa luta tão ampla e tão importante pela democratização da comunicação e da sociedade.

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