segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Colombianos/as dizem ‘não’ ao recrutamento de crianças e adolescente para o conflito armado

Camila Maciel
Jornalista da Adital
Nesta sexta-feira (22), a partir do meio dia, colombianos e colombianas irão se vestir de branco para expressar o rechaço ao recrutamento de crianças e adolescentes para o conflito armado no país. A convocatória é do Conselho Superior Presidencial para a Reintegração (ACR) e será realizada em 27 pontos do país. A ação tem como objetivo envolver toda a sociedade na proteção de crianças e adolescentes para evitar que sejam vinculados ao conflito.

“Mambrú, não vá à guerra. Esse é outro conto” é o tema da campanha, que faz referência a uma canção popular infantil intitulada “Mambrú foi à guerra”. As atividades irão contar a participação do presidente Juan Manuel Santos, assim como do Conselheiro Superior do ACR, Alejandro Eder.
“Todos os colombianos podem gerar ações e programas para construir outro conto. Esse conto é um futuro com entorno de proteção para nossas crianças”, declarou o conselheiro, de acordo com o site do órgão presidencial. Estado, família e comunidade estão sendo convocados a enfrentar essa realidade do recrutamento de crianças, ainda bastante presente na Colômbia.
Para participar, basta vestir-se de branco e comparecer nos pontos de concentração dos locais escolhidos. Nas cidades, estarão disponíveis murais para que todos possam expressar suas ideias sobre o tema. Os organizadores pedem a colaboração de todos na divulgação, por telefone, e-mail, redes sociais, dentre outros meios. No dia 22, a campanha convoca a todos a colocar o texto “Mambrú, não vá à guerra” na opção de status das redes sociais, em sinal de apoio ao evento.

Recrutamento de crianças e adolescentes

Apesar de não existirem números exatos, o relatório das Nações Unidas sobre o tema, do ano de 2009, estima que, aproximadamente, oito mil crianças e adolescentes estão envolvidos com grupos armados ilegais. Um número que pode ser ainda maior, se forem observados os números de organizações não-governamentais, podendo chegar a 11 mil crianças.
As idades variam entre 7 e 17 anos. A essas crianças e adolescentes são destinadas tarefas como ficar de campana, observando o inimigo, ou mesmo como combatentes. As meninas, muitas vezes, são abusas sexualmente ou até mesmo utilizadas como escravas.
Meta, Guaviare, Tolima, Huila, Caquetá, Cauca, Nariño, Arauca, Norte de Santander, Antioquia e Chocó foram os departamentos, onde mais se registrou a vinculação de crianças e adolescentes com o conflito armado.
Com informações do governo colombiano.
Fonte: Adital
22.07.2011

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