Santiago do Chile - O ministro da Defesa do Chile, Andrés Allamand, descartou o uso de oficiais das Forças Armadas do país para controlar as manifestações que ocorrerão em 11 de setembro, dia em que o golpe de Estado liderado por Augusto Pinochet (1973-1990) completa 38 anos.
Ele disse que "a ordem pública" é de responsabilidade dos policiais municipais, em resposta ao prefeito de Santiago do Chile, Pablo Zalaquett, que afirmou no último domingo (14) sobre a possibilidade de o governo pedir ao Exército que fosse às ruas controlar as marchas.
Há quase três meses, os estudantes chilenos vêm promovendo manifestações públicas para pedir melhorias no setor educacional, como uma elevação no nível da qualidade de ensino e o fim da cobrança de mensalidades.
Três dos mais de 30 estudantes que estão em greve de fome decidiram nesta terça-feira (16) radicalizar seus protestos e anunciaram que diminuirão de forma gradativa seu consumo de líquidos. "Não vimos uma mudança no governo nem uma resposta favorável. Temos esperado muito tempo e não podemos continuar esperando", disseram.
Um grupo de artistas tomou a sede do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) na capital como forma de alertar a comunidade internacional sobre o estado de saúde e o risco que correm esses alunos.
"A ideia é chamar a atenção da opinião internacional a respeito do que está acontecendo em nosso país, da insolência, indiferença e prepotência de um governo que não se dá conta do que está em jogo", disse Roberto Márquez, um dos participantes da mobilização.
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