Vivian Fernandes,
da Radioagência NP
da Radioagência NP
A greve nacional dos trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) iniciou na quarta-feira (14). Eles reivindicam aumento linear real de R$ 400 nos salários, reposição da inflação em 7,16% e pagamento das perdas acumuladas desde 1994. Outras pautas são a revogação da Medida Provisória 532 – que trata da terceirização do setor –, contratação de 21 mil funcionários e elevação do piso para R$ 1.635. Atualmente o salário inicial é de R$ 807.
O governo federal propôs reposição da inflação em 6,87%, ganho real de R$ 50 em todos os cargos e abono salarial. Os trabalhadores não concordam com a proposta, como afirma o carteiro do Rio Grande do Sul e membro do Comando Nacional de Negociações, Evandro Leonir.
“É a primeira vez na história que os 35 sindicatos entram no movimento juntos. A adesão às assembleias foi maciça, os trabalhadores compareceram para deflagrar a greve. Os informes que nós estamos tendo das regiões são de que 70% a 80% dos trabalhadores estão paralisados”.
De acordo com Leonir, todas as normas legais para a realização da greve foram cumpridas.
“A Federação [Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares] e os sindicatos sempre cumprem todas as prerrogativas da lei de greve. Nós sempre nos resguardamos: comunicamos a empresa, comunicamos a comunidade por jornal de grande circulação, mantemos os 30% de efetivo [trabalhando]. Os trabalhadores sempre mantêm a legalidade da greve”.
Nos 24 estados atingidos são realizadas atividades de mobilização dos funcionários e diálogo com a população, como assembleias e piquetes nas portas dos centros de serviços dos Correios. A categoria possui 110 mil trabalhadores em todo o país.
Nenhum comentário:
Postar um comentário