Trabalhadores alegam que o Consórcio Rio 2014 não cumpriu o acordo estabelecido em assembleia realizada no mês passado.
Os operários que trabalham na reforma do Estádio do Maracanã
retornaram à greve hoje (1º), alegando que o Consórcio Rio 2014, que
reúne as empresas responsáveis pela obra, não cumpriu o acordo
estabelecido em assembleia realizada no mês passado.
Ficou
acertado que os 1.500 trabalhadores receberiam um vale-refeição no valor
de R$ 160, e teriam direito a plano de saúde individual, benefício que,
em 90 dias, poderia ser estendido para a família, além de mais
segurança no trabalho.
“O problema é que todas as cláusulas que
foram aprovadas e discutidas em assembleia não foram cumpridas pelas
empresas. O pagamento do mês de setembro saiu, e os trabalhadores
ficaram insatisfeitos, revoltados com o valor, pois o que foi acordado
não veio no contracheque”, disse o presidente do Sindicato dos
Trabalhadores nas Indústrias da Construção Pesada Intermunicipal do Rio
de Janeiro (Sitraicp), Nilson Duarte Costa.
Segundo ele, ainda
que existem outros problemas que precisam ser analisados urgentemente
pelas empresas responsáveis pela obra. “Agora tem outros problemas como a
falta de médicos à noite, a alimentação veio estragada, juntou tudo
isso e acabou causando a paralisação. É bom que as empresas cumpram o
que foi determinado, e, se alguma coisa estiver fora disso, a obra vai
ficar parada. Estamos aqui para conversar, pois o diálogo é a melhor
opção.”
Para o operário Sérgio Basílio da Silva, que trabalha há
quatro meses na reforma, as empresas tratam os funcionários com descaso.
“Eu me sinto humilhado, porque passo a maior parte do meu dia na obra
trabalhando do que na minha própria minha casa” afirmou.
Em nota,
a assessoria de imprensa do Consórcio Rio 2014 informou que o movimento
ocorre dez dias depois de um acordo feito com representantes dos
trabalhadores em torno de pauta de reivindicações. Dessa forma, o
consórcio entende que não há motivo para a atual paralisação e informa
que irá recorrer imediatamente à Justiça do Trabalho, para que o
movimento seja declarado abusivo e os operários voltem a trabalhar. O
consórcio acrescenta que, somente dessa forma, retomará as negociações
com os representantes dos trabalhadores.
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